Nesta quarta-feira (11), a Comissão Gestora do Sistema Hídrico Castro participou da 2ª oficina de elaboração do Plano de Gestão Proativa de Secas da região. O encontro ocorreu no município de Itapiúna.
O momento foi conduzido pelos professores Marcelo Cavalcanti e Luiz Júnior, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com apoio da equipe técnica da Cogerh.
O objetivo do encontro foi apresentar o Diagnóstico do Plano construído a partir de dados fornecidos pela Cogerh e informações obtidas na 1ª oficina com os membros da Comissão Gestora através de um questionário, a fim de traçar um Plano de Ação para os problemas identificados.
O professor Marcelo Cavalcanti apresentou o Diagnóstico, explanando a linha do tempo do Açude Castro e destacando suas principais informações. Ele resgatou a memória social da Comissão Gestora em relação ao período de seca, enfatizando os impactos positivos e negativos, as soluções adotadas, os conflitos e desafios enfrentados, os indicativos da chegada da seca e os caminhos possíveis para o futuro do reservatório.

Com base nos resultados do Diagnóstico, a Comissão Gestora elaborou um Plano de Ação estruturado em quatro eixos temáticos: impactos sociais, impactos econômicos, impactos ambientais e fornecimento/acesso à água.
Para aprofundar a análise, os participantes foram divididos em grupos, sendo cada grupo responsável por um dos eixos. A tarefa consistia em identificar os principais problemas relacionados ao tema abordado, propor ações para enfrentá-los e indicar as entidades responsáveis pela execução dessas ações.



Seca em Jogo
Na ocasião, os membros também participaram da dinâmica “Seca em Jogo”, uma iniciativa do Programa Cientista-Chefe de Recursos Hídricos, em parceria com a Funceme e a Cogerh. A atividade tem como objetivo estimular a participação social na construção de planos proativos para a gestão da seca.


O próximo encontro será realizado no dia 9 de julho para apresentação do Plano de Seca finalizado, submetendo-o à aprovação da Comissão Gestora e, posteriormente, ao Comitê de Bacias da Região Metropolitana de Fortaleza.
Sobre o Plano
O Plano de Secas é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), através do Programa Cientista Chefe, em parceria com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).
O projeto está institucionalmente vinculado à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), por meio do projeto Desenvolvimento de Ferramentas Tecnológicas de Gestão para o Planejamento dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará: Segurança Hídrica e Planejamento de Secas.
Ele visa desenvolver ações para gestão de recursos hídricos em situação de escassez, aperfeiçoando o planejamento nas regiões. Por meio de estratégias operacionais, o plano conta com três esferas integradas: Alocação de Água, Plano de Segurança Hídrica e Plano de Gestão de Secas.
Juntamente com os Comitês de Bacia e as Comissões Gestoras, o documento estratégico, de curto prazo, visa definir ações capazes de diminuir o impacto das secas hídricas, acordando com os processos estabelecidos na alocação negociada de água já existentes.
De forma proativa, o Plano tem três pilares fundamentais que contemplam diferentes escalas e finalidades: o monitoramento preventivo e o alerta precoce, a avaliação da vulnerabilidade, do impacto e a mitigação, o planejamento e as medidas de respostas.
Até o momento, o Ceará tem 12 planos concluídos (Patu, Fogareiro-Quixeramobim, Carnaubal, Jaburu I, Missi, Tejuçuoca, Trussu, Angicos, Ubaldinho, Riacho do Sangue, Acarape do Meio e Catucinzenta) e seis em desenvolvimento (Arneiroz II, Mundaú, Cachoeira, Pedras Brancas, Castro e Pesqueiro).