Nesta quinta-feira (15), a Comissão Gestora do Açude Pesqueiro iniciou os trabalhos de elaboração do Plano de Gestão Proativa de Secas da região, no município de Capistrano.
O momento foi conduzido pelos professores Marcelo Cavalcanti, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com apoio da equipe técnica da Cogerh.
Na ocasião, os participantes compartilharam suas percepções e experiências vivenciadas durante períodos de escassez hídrica, destacando as primeiras evidências do surgimento da seca e seus impactos no contexto local.
O diálogo analisou os desafios enfrentados e as soluções práticas e colaborativas para o enfrentamento da seca no futuro.
Durante a oficina, também foi distribuído um questionário com base nos temas discutidos, permitindo que os participantes registrassem suas contribuições de forma individual.
As respostas coletadas serão analisadas e incorporadas ao processo de construção colaborativa do plano, que tem como objetivo aprimorar as estratégias de gestão e resposta às secas, levando em conta as particularidades de cada região e a realidade das comunidades impactadas.
Sobre o Plano
O Plano de Secas é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), através do Programa Cientista Chefe, em parceria com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).
O projeto está institucionalmente vinculado à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), por meio do projeto Desenvolvimento de Ferramentas Tecnológicas de Gestão para o Planejamento dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará: Segurança Hídrica e Planejamento de Secas.
Ele visa desenvolver ações para gestão de recursos hídricos em situação de escassez, aperfeiçoando o planejamento nas regiões. Por meio de estratégias operacionais, o plano conta com três esferas integradas: Alocação de Água, Plano de Segurança Hídrica e Plano de Gestão de Secas.
Juntamente com os Comitês de Bacia e as Comissões Gestoras, o documento estratégico, de curto prazo, visa definir ações capazes de diminuir o impacto das secas hídricas, acordando com os processos estabelecidos na alocação negociada de água já existentes.
De forma proativa, o Plano tem três pilares fundamentais que contemplam diferentes escalas e finalidades: o monitoramento preventivo e o alerta precoce, a avaliação da vulnerabilidade, do impacto e a mitigação, o planejamento e as medidas de respostas.
Até o momento, o Ceará tem 10 planos concluídos (Patu, Fogareiro-Quixeramobim, Carnaubal, Jaburu I, Missi, Tejuçuoca, Trussu, Angicos, Ubaldinho e Riacho do Sangue) e sete em desenvolvimento (Arneiroz II, Mundaú, Cachoeira, Pedras Brancas, Castro e Pesqueiro).