Nesta terça-feira (31), o Comitê das Bacias Hidrográficas da Região Metropolitana de Fortaleza (CBH-RMF) realizou sua 73ª Reunião Ordinária, de forma presencial, na sede da Cogerh, em Fortaleza. Entre as pautas do encontro, discutiu-se o Prognóstico do Plano de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica das Bacias Metropolitanas, submetido à aprovação do colegiado, além da realização do IV módulo da Capacitação em Comunicação.

Apresentado por Ticiana Studart, pesquisadora da UFC e membro do Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, o Prognóstico consiste na análise do balanço hídrico da região, considerando cenários possíveis que possam embasar a tomada de decisões futuras. Aborda também a situação de partida das variáveis chaves, projeção populacional, oferta hídrica em cenário de mudança de clima e cenários prospectivos.

O documento, revisado pela Cogerh e pela Câmara Técnica do CBH-RMF, finaliza a 2ª etapa do Plano com aprovação unânime do colegiado. Os próximos trabalhos serão para elaboração do Plano de Ação, que caracteriza a última etapa do PRH.

Na ocasião, também foi realizado o IV módulo da Capacitação em Comunicação com a palestra “O valor social e documental da fotografia para a história de um povo”, ministrada pelo fotógrafo e escritor, Oséias Targino.

Em sua apresentação, Oséias destacou a importância do registro fotográfico para a memória de um povo, além de explanar, por meio de fotos, contextos importantes da história do Estado do Ceará, especialmente do município de Itaitinga, seu principal objeto de estudo e pesquisa.

Oséias utilizou as palavras do fotógrafo mineiro Sebastião Salgado para explicar como a cultura de um povo influencia sua percepção e maneira de fotografar: “Você não fotografa com sua máquina, você fotografa com a sua cultura”, e finalizou:

“A fotografia é necessária para que tenhamos consciência de que fatos importantes não podem, nunca, serem apagados da história”.

Outro assunto discutido com a plenária foi sobre o resultado da Batimetria do Açude Batente, localizado no município de Ocara. O estudo foi apresentado pelo Gerente Regional das Bacias Metropolitanas, Rodrigo Vasconcelos, que explicou como é feita a batimetria, cujo um dos objetivos é mensurar o volume e a profundidade dos reservatórios.

Rodrigo também comentou sobre a mudança no processo de coleta desses dados pela Cogerh, agora fornecendo resultados mais precisos:

“O que mudou de 2020 para cá foi a maneira como esses dados são processados e analisados. A Cogerh passou a utilizar imagens de satélites e imagens de sistemas não vinculados para obter uma delimitação mais precisa dos espelhos d’água.”, explicou o gerente.

Aprovações

Além da aprovação do Prognóstico do Plano de Recursos Hídricos da RH das Bacias Metropolitanas, a plenária também aprovou as atas da 72ª Reunião Extraordinária e da 32ª e 33ª Reuniões Ordinárias do CBH-RMF.

Outra aprovação foram das moções 001/2023 e 002/2023, sendo uma de menção honrosa à Secretaria Executiva do Comitê e à Cogerh, e outra de alerta sobre as dificuldades para abastecimento de água que várias famílias enfrentam no dia a dia, sendo necessária, nesse caso, a solicitação de perfuração e instalação de poços nas localidades citadas no documento.

Por último, a aprovação da nova logo do CBH-RMF, aprovada por 17 membros. As outras duas propostas receberam 6 e 7 votos.

Estiveram presentes na reunião a Diretoria do CBH-RMF, composta por Alexandre Belém (Presidente), Humberto Queiroz (Vice-presidente), Áquila Gondim (Secretário Geral) e Francisco Menezes (Secretário Adjunto), a Secretaria Executiva do CBH-RMF, representada por Cléa Rocha (Coordenadora do Núcleo de Gestão da GR Metropolitanas), Maria de Jesus e Lorena Magalhães (Analistas em Gestão de Recursos Hídricos), Patrícia Trajano e Luana Maciel (Técnicas da Cogerh) e Maria do Carmo (Estagiária), e o Gerente Regional das Bacias Metropolitanas, Rodrigo Vasconcelos.

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