Nesta quinta-feira (12), a Comissão Gestora do Açude Pesqueiro participou da 2ª oficina de elaboração do Plano de Gestão Proativa de Secas do hidrossistema. O encontro ocorreu na Câmara Municipal de Capistrano.
O objetivo do encontro foi apresentar o Diagnóstico do Plano construído a partir de dados fornecidos pela Cogerh e informações obtidas na 1ª oficina com os membros da Comissão Gestora a fim de traçar um Plano de Ação para os problemas identificados.
O momento foi conduzido pelos professores Marcelo Cavalcanti e Alexandre Costa, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com apoio da equipe técnica da Cogerh.
A 1ª parte do Diagnóstico foi apresentada pelo professor Alexandre Costa, que explanou dados técnicos do Açude Pesqueiro, os usos de água existentes no reservatório e a vazão operada em condições de normalidade e de escassez hídrica.
Já o professor Marcelo Cavalcanti fez um resgate da memória social da Comissão Gestora em relação à seca, abordando os impactos econômicos, sociais, ambientais e de acesso à água, com base nas respostas obtidas de um questionário aplicado na 1ª oficina.
A partir dos resultados do Diagnóstico, a Comissão Gestora traçou um Plano de Ação com base nos seguintes eixos temáticos: impactos sociais, impactos econômicos, impactos ambientais e fornecimento ou acesso à água.
Os participantes foram divididos em grupos, ficando cada um responsável por trabalhar um tema. Nos grupos, os membros tinham a tarefa de elencar os principais problemas do eixo abordado, pontuando as ações necessárias para resolvê-los e as entidades competentes por executar as ações.
Seca em Jogo
Os membros também participaram da dinâmica “Seca em Jogo”, uma iniciativa do Programa Cientista-Chefe de Recursos Hídricos, em parceria com a Funceme e a Cogerh, que visa facilitar a participação social na construção de planos proativos de gestão da seca.
O próximo encontro será realizado no dia 10 de julho para apresentação do Plano de Seca finalizado, submetendo-o à aprovação da Comissão Gestora e, posteriormente, ao Comitê de Bacias Hidrográficas da Região Metropolitana de Fortaleza.
Sobre o Plano
O Plano de Secas é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), através do Programa Cientista Chefe, em parceria com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
O projeto está institucionalmente vinculado à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), e visa desenvolver ações para gestão de recursos hídricos em situação de escassez, aperfeiçoando o planejamento nas regiões.
Juntamente com os Comitês de Bacia e as Comissões Gestoras, o documento estratégico, de curto prazo, visa definir ações capazes de diminuir o impacto das secas hídricas, acordando com os processos estabelecidos na alocação negociada de água já existentes.
De forma proativa, o Plano tem três pilares fundamentais que contemplam diferentes escalas e finalidades: o monitoramento preventivo e o alerta precoce, a avaliação da vulnerabilidade, do impacto e a mitigação, o planejamento e as medidas de respostas.
Até o momento, o Ceará tem 12 planos concluídos (Patu, Fogareiro-Quixeramobim, Carnaubal, Jaburu I, Missi, Tejuçuoca, Trussu, Angicos, Ubaldinho, Riacho do Sangue, Acarape do Meio e Catucinzenta) e seis em desenvolvimento (Arneiroz II, Mundaú, Cachoeira, Pedras Brancas, Castro e Pesqueiro).