Nesta quarta-feira (14), a Comissão Gestora do Açude Castro iniciou os trabalhos de elaboração do Plano de Gestão Proativa de Secas da região. O encontrou ocorreu no município de Itapiúna.
O momento foi conduzido pelos professores Marcelo Cavalcanti e Luiz Júnior, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com apoio da equipe técnica da Cogerh.
Na ocasião, os participantes puderam compartilhar as suas percepções e experiências em períodos de escassez hídrica, com ênfase nas primeiras evidências de aparecimento da seca e seus impactos no contexto local.


O diálogo buscou analisar os desafios enfrentados e pensar soluções práticas e colaborativas para o enfrentamento da seca no futuro.
Também foi distribuído um questionário sobre as questões abordadas durante a oficina, a fim de que os participantes pudessem fornecer suas contribuições individuais.
As respostas coletadas serão analisadas e integradas ao processo de construção colaborativa do plano, que visa aprimorar as ações de gestão e resposta às secas, considerando as especificidades de cada região e a realidade das comunidades afetadas.

Sobre o Plano
O Plano de Secas é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), através do Programa Cientista Chefe, em parceria com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).
O projeto está institucionalmente vinculado à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), por meio do projeto Desenvolvimento de Ferramentas Tecnológicas de Gestão para o Planejamento dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará: Segurança Hídrica e Planejamento de Secas.
Ele visa desenvolver ações para gestão de recursos hídricos em situação de escassez, aperfeiçoando o planejamento nas regiões. Por meio de estratégias operacionais, o plano conta com três esferas integradas: Alocação de Água, Plano de Segurança Hídrica e Plano de Gestão de Secas.
Juntamente com os Comitês de Bacia e as Comissões Gestoras, o documento estratégico, de curto prazo, visa definir ações capazes de diminuir o impacto das secas hídricas, acordando com os processos estabelecidos na alocação negociada de água já existentes.
De forma proativa, o Plano tem três pilares fundamentais que contemplam diferentes escalas e finalidades: o monitoramento preventivo e o alerta precoce, a avaliação da vulnerabilidade, do impacto e a mitigação, o planejamento e as medidas de respostas.
Até o momento, o Ceará tem 10 planos concluídos (Patu, Fogareiro-Quixeramobim, Carnaubal, Jaburu I, Missi, Tejuçuoca, Trussu, Angicos, Ubaldinho e Riacho do Sangue) e sete em desenvolvimento (Arneiroz II, Mundaú, Cachoeira, Pedras Brancas, Castro e Pesqueiro).