Aos vinte de fevereiro de dois mil e dezoito, aconteceu no Auditório da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos – Cogerh, localizada na rua Adualdo Batista, 1550, Parque Iracema – Fortaleza – CE, a 50ª Reunião Ordinária do Comitê das Bacias da Região Metropolitana de Fortaleza – CBH RMF. Da Cogerh estiveram presentes: Cláudio Gesteira – Gerente das Bacias Metropolitanas – Gemet, Cléa Rocha – Coordenadora do Núcleo de Gestão da Gemet, os técnicos Maria de Jesus, Krishna Martins, Lucivânia Figueirêdo, Patrícia Trajano também da Gemet. Do comitê estiveram presentes: 47 instituições, sendo 48 membros; 27 convidados, totalizando 75 pessoas entre técnicos e convidados. A reunião ocorreu com base na seguinte pauta: 08h30min – Café da manhã; 09h00min – Abertura (Diretoria do CBH-RMF); 09h10min – Informes; 09h40min – Situação Hídrica dos Açudes da Região Metropolitana (COGERH); 10h20min – Prognóstico da Quadra Invernosa – 2018 (Funceme); 11h30min – Eleição e Posse da Diretoria do CBH RMF (8ª Gestão); 12h00min – Encaminhamentos; 12h30min – Encerramento/Almoço. Cléa Rocha abriu a reunião enfatizando a importância do processo de renovação da Diretoria do CBH RMF. Na oportunidade, agradeceu a Diretoria que estava encerrando seus trabalhos. Parabenizou-os, disse que o grupo trabalhou de forma muita ativa. Em seguida, ela passou a palavra para Mailde Rêgo – presidente do CBH RMF. Ela cumprimentou a todos e disse que a Diretoria do CHB trabalhou como uma família, com todo CBH de maneira democrática. Agradeceu o apoio e a confiança de todos. Dando sequência, Pedro da Diretoria do colegiado também agradeceu o empenho de todos durante todo o mandato. Logo após, ele passou a palavra para Gesteira da Cogerh, que destacou o trabalho da Diretoria do Colegiado, ao tempo em que solicitou ao CBH RMF a retomada das câmaras técnicas. Ele relembrou: a crise hídrica continua. Continuando, Maílde passou um informe sobre a Capacitação do CBH que acontecerá nos dias 15 e 16 de março de 2018 em Beberibe – CE. Disse também que o CBH fará 15 anos no final do corrente ano e assim, o colegiado poderia pensar alguma forma de comemorar esse momento. Outro informe foi sobre a Semana das Águas de Aracoiaba. E ainda sobre uma reunião que ocorrerá no Crato no dia 27 de fevereiro de 2018 para tratar sobre a metodologia de alocação dos vales. Informou também sobre o Fórum Mundial das Águas que ocorrerá em Brasília. A Cogerh disse que Francisco Nildo irá para o Fórum Mundial representando o colegiado. E que, o Pedro do CBH RMF vai pelo Fórum Estadual dos Comitês. Pedro registrou a presença de Niebson também membro do Fórum Estadual dos Comitês. Niebson falou da importância dos colegiados trabalhar em unidade, de forma coesa. Também citou como ação exitosa o projeto “Plantando Água”, trata-se do reflorestamento do rio Sergipe. Em sua opinião esse projeto pode ser copiado, adaptado para o Ceará. Continuou, o processo de desertificação é muito grande no Estado, a mencionar Irauçuba com 48%. Em seguida, Mailde Rêgo falou enquanto professora e membro do CBH, ela disse, se não plantamos árvores, se não cuidamos da mata ciliar dos reservatórios não temos como “colher água”. Em seguida, Meiry Sakamoto da Funceme apresentou o prognóstico climático de fevereiro, março e abril de 2018. A palestrante iniciou falando dos 06 anos consecutivos de pouca chuva, sem contar, disse ela, que a população aumenta e consequentemente, os usos crescem. Informou que as chuvas de janeiro de 2018 apresentou um desvio de menos 30%. A Meiry Sakamoto chamou atenção para o fato que a chuva que cai não é igual a que é reservada. Alertou que existe alguns sinais que preocupam para 2019. Lembrando, disse ela, que é apenas uma projeção e ainda está distante. Na sequência, Franzé do CBH RMF ao tempo em que parabenizou a palestrante, a diretoria do colegiado e como sugestão, disse ser importante realizar as reuniões do CBH de modo itinerante, sendo as reuniões apoiadas pelos municípios, essa é sua ideia. Dando continuidade, Cláudio membro do CBH RMF solicitou o apoio de todos para que as discussões sobre recursos hídricos continuem, ainda quando acontecer um bom inverno. Depois disso, Maílde chamou Leila Maria da Silva Coordenadora da Comissão Eleitoral para conduzir o pleito da nova diretoria do CBH RMF mandato 2018-2020. Ela informou que teve uma única chapa inscrita e que atende todos os requisitos. Explicou como se daria a votação e fez a leitura dos representantes da chapa. Para presidente: Francisco Nildo da Silva, vice-presidente: Antônio Sílvio Nunes Gomes, secretário-geral: Cláudia Maria de Souza Bezerra, secretário adjunto: Joana D’arc Figueiredo Braga Lins. A chapa foi eleita. O registro de todo processo foi realizado em ata própria. Na sequência os novos membros foram empossados. Logo em seguida, Francisco Nildo falou da importância de fortalecer as Comissões Gestoras como organismos locais vinculadas ao colegiado. Criar uma Câmara Técnica de Planejamento e Orçamento no CBH para lutar pela autonomia do CBH RMF. Em suas palavras Cláudia Bezerra lembrou de campanhas, ações com bons resultados como a “Campanha Água do Futuro”. Em seu pronunciamento, seu Sílvio Nunes colocou a necessidade de cada membro do colegiado ter a responsabilidade de trabalho com a segurança hídrica. Disse ainda, achar interessante que todos os CBH trabalhem juntos para garantir água para o Ceará. Em seguida, Joana agradeceu a todos pela confiança. Enfatizou que não é apenas a Diretoria do CBH que faz a gestão e sim todo o grupo. Pontuou também a importância da preservação para se ter água, bem como procurar o que os municípios estão fazendo para reduzir os seus consumos. Dando continuidade, Pedro informou que Cláudia ficará responsável pelo WhatsApp do CBH RMF. Na sequência, Krishna da Cogerh apresentou “A Situação Hídrica do Ceará”. Informou que, de acordo com a evolução volumétrica dos açudes monitorados pela Cogerh, na data do dia 19 de fevereiro de 2018 os reservatórios se encontravam com aproximadamente 7% da capacidade. Continuou, o açude Castanhão se encontra com 2%, o Orós com 5,8% e o Banabuiú seco. Atualmente, o Castanhão não está liberando água para RMF. A RMF está se “virando”, abastecendo com as reservas locais, informou. Apresentou algumas ações estratégicas para o Sistema Jaguaribe – RMF: substituição de todos os rotores dos conjuntos eletrobombas da EB Castanhão; substituição dos inversores ABB por novos inversores refrigerados a AR; Reforço da rede transmissão da subestação da estação de bombeamento do Castanhão; em 2017 recuperação da capacidade operacional EB Banabuiú; restabelecimento da capacidade de bombeamento da EB Itaiçaba; recuperação da estação de bombeamento do açude Pacoti; aproveitamento do volume morto do Pacajus; reversão do canal Sítios Novos a partir do trecho V do eixão das águas para atendimento de São Gonçalo do Amarante, 100 l/s; interligação do eixão das águas para o canal do trabalhador com 150 l/s; intensificação do programa de combate às perdas da Cagece; informou também que tem um “Plano de Segurança Hídrica da Região Metropolitana de Fortaleza” com objetivo de redução de 20% da demanda de água do sistema integrado de abastecimento da RMF. Estão contemplados: a construção de poços no campo de dunas do Pecém, em operação; construção do furo direcional no campo de dunas do Cumbuco – Lagamar do Cauípe, em implantação; aproveitamento do açude Maranguapinho, em operação; aproveitamento do sistema hídrico do Cauípe, em implantação; sistema de reúso das águas de lavagem dos filtros da ETA Gavião, com benefício alcançado de 410 l/s, em operação; o técnico citou outras ações que estão no “Plano Estratégico do Grupo de Contingência para 2018” Ações para manter a oferta de água. Quais sejam: bombeamento da água da barragem do Cocó para a barragem do Gavião, vazão de incremento 200 l/s, de responsabilidade da Cagece; aproveitamento das águas não controladas por sistema adutor no rio Pirangi para o Eixão das Águas (Trecho III), incremento de 1500 l/s, ainda em estudo, responsabilidade da Cogerh; manutenção das elevatórias de captação de água de chuva de Itaiçaba e Banabuiú, concepção pela Cogerh. Depois disso, Krishna Martins falou sobre o fato da bacia metropolitana ser deficitária de água e assim, alerta, o risco de colapso é muito alto. Dando continuidade, depois de perguntas e considerações dos participantes outros informes foram repassados. Magda informou que a Sema possui um banco de mudas nativas, as quais podem ser requeridas. Questionada sobre a quantidade, ela disse que o banco precisa passar por uma ampliação por não atender todas as solicitações. Eu, Cláudia Maria de Souza Bezerra secretária do CBH RMF lavrei a presente ata que será por mim assinada e pelos demais presentes à reunião em lista anexa.

Atenciosamente,

Francisco Nildo da Silva
Presidente do Comitê das Bacias Metropolitanas