Devido açude estar abaixo do volume morto, operação fez liberação apenas para Cagece

Açude encontra-se com 2 % de sua capacidade total. Imagem: Reprodução

Membros da Comissão Gestora do Açude Pompeu Sobrinho estiveram reunidos de forma online nesta quinta-feira (24), a fim de avaliar os resultados da operação referente ao período 2021.2 no reservatório. Além disso, os presentes aproveitaram a ocasião para discutir encaminhamentos das medidas alternativas de abastecimento para a região de Choró.

Exibidos em reunião, os dados mostraram que a operação de vazão de 15 l/s, realizada no período de 01/07/2021 a 01/02/2022, foi finalizada com saldo positivo, conforme mostra o gráfico abaixo:

Dados mostram relação entre o volume simulado para a operação no açude e o que de fato foi realizado. Fonte: Cogerh.

Realizada apenas para fins de abastecimento humano, a operação ocorreu sem liberação para o rio, registrando apenas captação para a Cagece. Atualmente, o açude conta com um volume de apenas 3,03 hm³ – equivalente a 2,12% da capacidade total. Além do baixo volume, a região sofre com a salinidade da água, conforme explica Marciana Barbosa, técnica da Cogerh:

“É um reservatório com grande capacidade de recarga e que está com volume morto desde 2014. Isso impacta na qualidade de água, pois é uma região onde as rochas soltam minerais e quanto menos água, mais concentrada e salobra fica”.

Comissão Gestora Comissão Gestora discute situação do Açude Pompeu Sobrinho

Alternativas de abastecimento

Como medidas alternativas para lidar com a questão, foi apresentado o resultado do levantamento da Cogerh, quanto ao abastecimento por caminhões pipas. No estudo, identificou-se que foram construídos 14 caixas de água, das quais 5 estão com problemas de manutenção. Além disso, foram identificados 03 chafarizes e 01 dessalinizador – enquanto na zona rural, existem 13 poços.

Respondendo às reivindicações dos presentes, Rogério Monteiro, Coordenador da Cagece, informou que o projeto da adutora de Quixadá recebendo água do açude Pedras Branca está sendo encaminhado e que esta seria a solução para a região.

Já quanto ao posicionamento do poder público, Milana Germano, secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos do município de Choró, assegurou à Comissão Gestora:

“Estamos com vários estudos já feitos por geólogos e entregues à Sohidra, para que sejam perfurados novos poços no objetivo de melhorar esse abastecimento”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *