Na manhã desta quinta-feira (22), o Comitê das Bacias Hidrográficas da Região Metropolitana de Fortaleza e Comissões Gestoras participaram da Audiência Pública para renovação do Plano de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica Metropolitana, uma iniciativa da Cogerh junto ao Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, da Funcap, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).
De forma online, Ticiana Studart, Professora Titular da UFC, Doutora em Recursos Hídricos e uma das coordenadoras do Plano, explicou aos participantes sobre o conceito do Plano de Recursos Hídricos e tratou da sua estrutura, destacando que o documento é dividido em Diagnóstico, Prognóstico e Plano de Ações.
O trabalho busca abordar características físicas, socioeconômicas e ambientais da bacia hidrográfica, com um prognóstico e uma programação das ações a serem realizadas na bacia em um prazo de 30 anos.
Na sequência, foi apresentado o documento “Iniciando o diálogo na Região Hidrográfica Metropolitana”. O documento funciona como uma espécie de “pré-diagnóstico” resultante de uma compilação de informações e estudos já existentes que caracterizam os aspectos físicos, geográficos, sociais e econômicos da região.
A plenária foi então dividida em dois grupos de trabalhos para discutir “Oferta e Demanda Hídrica” e “Meio Ambiente”, aprofundando as problemáticas da região que servirão de base para a elaboração dos documentos das próximas etapas.
Presente na reunião, o Presidente do CBH-RMF, Alexandre Belém, destacou a importância do envolvimento do Comitê na construção do Plano:
“É uma oportunidade única de estar aqui discutindo problemas, ações, projetos e alocação de recursos para que tenhamos programado o que vai acontecer nos 31 municípios que compõem a Bacia ao longo dos próximos 30 anos, com a participação fundamental de todos os membros do Comitê”, disse.
O Gerente Regional das Bacias Metropolitanas, Rodrigo Vasconcelos, também falou sobre a importância da participação da população nesse processo:
“É uma região complexa que demanda muitos pontos de vista distintos, por isso que a participação popular nesse processo de elaboração do Plano de Recursos Hídricos é fundamental, para que nós possamos desenvolver o mais correto diagnóstico possível, com planejamento de ações visando, principalmente, mitigar as fragilidades da Bacia”, analisou o técnico.
Encerradas as discussões, a próxima etapa é a aprovação do Diagnóstico do Plano de Recursos Hídricos, em agosto.