Acumulado nas bacias Metropolitanas é suficiente para apenas mais cinco meses.
Na tarde desta terça-feira (30), o Conerh – Conselho Estadual dos Recursos Hídricos – vai deliberar sobre a transposição das águas do Castanhão para as bacias da Região Metropolitana de Fortaleza. O motivo da transferência é o baixo índice dos reservatórios da região, que estão com 47,03% da sua capacidade.
O acumulado dos açudes da bacia Metropolitana é suficiente para uma demanda de apenas cinco meses, sendo ainda mais preocupante pela tendência dos próximos dois meses serem de chuva reduzida e abaixo da média. Conforme avaliação feita pelo Comitê de Contigência contra a Seca, as regiões mais críticas para o abastecimento de água dos centros urbanos são a Metropolitana, Sertão Central/Banabuiú e Jaguaribana.
Os açudes estratégicos receberam pouca recarga neste ano e o volume médio atual (25,5%) acumulado nas 12 bacias hidrográficas é praticamente o mesmo índice de 1º de fevereiro (24,2%). Em comparação com o mesmo período de 2020, o índice médio dos reservatórios neste mês é superior em 7%.
Desde o dia dez de março o açude Castanhão tem recebido água transportada do Rio São Francisco e vários setores, como o agronegócio e a carcinicultura, já têm sido beneficiados com a segurança hídrica proporcionada pelo projeto. Agora, a tendência é que as águas do PISF possam beneficiar também a Região Metropolitana e Fortaleza.