Nesta quarta-feira (5), membros da Comissão Gestora do Açude Castro reuniram-se com a Cogerh para avaliar os resultados da operação 2024.2 no reservatório, localizado em Itapiúna.
Na ocasião, o Analista em Gestão de Recursos Hídricos, André Rufino, apresentou o histórico de alocação referente ao período.
Em reunião de operação realizada no dia 16 de julho, a Comissão Gestora aprovou a vazão média de 80 l/s, sendo 30l/s para abastecimento humano da sede de Itapiúna e distritos adjacentes, e 50 l/s para a perenização do Rio Castro. No período, o reservatório registrava um volume de 33,94 milhões de m³, equivalente a 54,47% da sua capacidade.
A perenização do rio ocorreu entre os dias 17 de julho e 16 de agosto de 2024. Depois, a liberação foi retomada em 24 de agosto de 2024 e encerrada em 31 de janeiro de 2025. Ao todo, foi perenizado um trecho de 16,4 km, atendendo a solicitação da Comissão Gestora.
De acordo com a simulação da Cogerh, ao final da operação, em 31 de janeiro de 2025, o Açude Castro deveria chegar com 37,10% da sua capacidade, mas chegou com 42,4%, portanto, com um saldo positivo de 3,3 milhões de m³.

Com a alocação finalizada, o Açude Itapiúna encontra-se com um volume de 26,31 milhões de m³, equivalente a 42,22% da sua capacidade, conforme dados do Portal Hidrológico do Ceará.
Prognóstico da quadra chuvosa de 2025
Após o detalhamento da operação, André explanou dados da pré-estação chuvosa de 2025.
Na Região Hidrográfica das Bacias Metropolitanas, foram registradas chuvas de 158,5 mm, portanto, acima do normal (93,4 mm). Já em Itapiúna, choveu 122,8 mm, também acima da média histórica do município (81 mm).
Sobre o prognóstico da quadra chuvosa de 2025 divulgado pela Funceme, compreendendo o período de fevereiro a abril, informou que há 45% de probabilidade de chuvas dentro da normalidade, 35% abaixo dela e 20% acima da média, conforme aponta o gráfico abaixo:
Capacitação da Comissão Gestora
A Cogerh também realizou uma capacitação com os novos membros da Comissão Gestora, renovada em 16 de julho de 2024.
O técnico da Gerência Participativa, Edecarlos Rulim, apresentou um panorama sobre os precedentes históricos da política de recursos hídricos e princípios que marcam a legislação vigente. Também explicou o conceito de gestão participativa e abordou sobre o contexto de formação dos Comitês de Bacias e das Comissões Gestoras.